Uma economia global sem o dólar como padrão?2 min leitura

Robert Kiyosaki co-autor de um dos livros de finanças mais famosos do mundo, o Pai Rico, Pai Pobre, em uma previsão esse ano, alarmou boa parte da comunidade mundial ligada na temática. A ideia de que está se aproximando uma nova grande crise e hiperinflação mundial apavorou muita gente.

Outros experts seguiram o mesmo caminho. O problema seria a grande quantidade de dinheiro disponível, principalmente pela grande emissão de dólares pelo governo norte-americano por conta da crise gerada pela pandemia COVID-19.

Para esses especialistas um dos grandes vilões dessa situação foi o desatrelamento do dólar do lastro em ouro, o que não apenas o tornou moeda fiduciaria, aquele baseada na “fé” e confiança que se tem nela, como levou todas as outras pelo mesmo caminho, globalizando ainda mais o perigo.

Os fundamentos para tal temor são corretos, mas os experts, um tanto ortodoxos, desconsideram algo importantíssimo. Que as moedas fiduciarias hoje produzidas e controladas pelos governos, já estão deixando de ter adoção quase exclusiva e passando a ter concorrência das criptmoedas, que não são emitidas nem totalmente controladas por governos… .

Isto é, como as criptos são em geral criadas para serem deflacionárias, ou seja, tem suprimento limitado e de tempos em tempos tem parte do suprimento “queimado”, o que quer dizer eliminado, elas vão ser cada vez mais usadas para para driblar a inflação, e tornar o mundo cada vez menos dependente do Dólar e do controle das superpotências… .

Por exemplo, os países embargados pelos EUA simplesmente vão começar a dar um “bypass” no poder que o governo estadunidense tem no mundo. Cuba e Venezuela já partiram para isso, El Salvador mesmo sem embargo também, Irã embargado está a caminho… e a China, em desespero está tentando de todas as formas frear o acesso não apenas da sua população às criptmoedas, pois isso seria o fim do controle estatal total sobre os chineses, além de óbvio empecilho para os planos de assumir o protagonismo monetário global, que hoje é do principal rival.

Não se pode dizer que o dólar perderá o protagonismo global em curtíssimo espaço de tempo, tampouco que a economia mundial será totalmente “criptografada” ou salva da grande crise hiperinflacionaria por isso, muito menos que a concentração econômica será totalmente “hackeada”, mas uma coisa sim.

A verdadeira revolução já começou…

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