Bye Bye Brazil, a última ficha caiu…4 min leitura

Montagem by https://lordcrypto.com.br

Se você é xennial ou millenial, ou seja, da geração que era criança quando a internet chegou popularmente ao Brasil no início da década de 90 ou da posterior, não deve saber que o título do texto, faz referência dúbia ao famoso filme homônimo do Cacá Diegues de 1980 e sua música tema, do Chico Buarque. Provavelmente também nunca usou um “orelhão” e apesar de entender o sentido geral da expressão “a ficha caiu”, não faz a mínima ligação entre uma coisa e outra.

Na verdade estou fazendo uma metáfora, com o sentimento generalizado de que talvez fosse boa hora de “vazar” do país, principalmente em se tratando de Investimentos financeiros. E não precisa ser nenhum mega investidor estrangeiro para a ” última ficha ter caído”, ou seja, o fim da “ligação afetiva e prática” com o mercado brasileiro, ao menos por enquanto. Basta ter qualquer coisa de ações na B3, a bolsa brasileira, ou fundos de investimento brasileiros. Os últimos tempos não tem sido fáceis, Bolsa caindo, juros subindo, dólar subindo, inflação subindo. Isso quer dizer que mesmo a renda fixa ganhando com a taxa de juros elevada, pode não garantir sequer a manutenção do valor do capital, muito menos ganho real.

Empresas brasileiras de capital aberto tem deixado a B3 e migrado para as Bolsas dos EUA, como a Mercado Livre e em breve o Banco Inter, mas não apenas as empresas, os investidores também estão abandonando suas aplicações no mercado financeiro brasileiro ou ao menos diversificando fortemente e partindo para o mercado internacional. Isso inclui a crescente adesão aos criptoativos, que na sua essência não estão limitados por fronteiras e políticas econômicas centralizadas dos governos, muito embora possam eventualmente sofrer restrições pesadas como ocorre no momento na China, ou um movimento regulatório menos licencioso em vários países.

Eu mesmo, nas minhas experimentações, já tinha percebido que os investimentos nas Bolsas dos EUA estavam muito mais estáveis e rentáveis, enquanto os fundos das corretoras brasileiras estavam entregando quando não prejuízo, lucro baixíssimo. Resgatei todos, mesmo com alguns pequenos prejuízos e reposicionei fora, ou em criptmoedas. A única aplicação direta em ação brasileira específica que tinha, é de uma reputada empresa nacional, ainda mantenho, mas é uma “tristeza só”, nem compensa mexer, pois o valor é baixo e o prejuízo alto, melhor deixar em HOLD, quem sabe um dia… .

Valor da ação brasileira que em um ano despencou dos mais de R$ 100, para os R$ 12,50. Me posicionei perto dos R$ 25,00, e hoje vale a metade…

Outro ponto importante a destacar, ao “dolarizar” seu investimento, fazendo-o a partir do exterior, mesmo que compre “com o dólar alto”, no fim das contas lá na frente terá tido vantagem, vide o gráfico:

Como estariam hoje Investimentos feitos com o dólar a R$ 5,97 em 2020

Por isso é tremendamente importante não apenas olhar para o “dólar alto” ou “preço alto” do ativo, mas fazer a diversificação do portfólio, como faço desde o começo, mesmo em uma situação particular ou conjuntural negativa como essa, no balanço geral se mantém o rendimento positivo. É preciso portanto estar atent@ e fazer reposicionamentos conforme o momento pede, ou seja, o “swing trade”.

É bom também lembrar que “negócio é negócio”, ainda há muitos bons negócios financeiros no país em que vale investir, mas não é questão “patriótica”, é patrimonial…, ficar acenando bandeira verde amarela, quando até quem está politicamente quebrando a economia nacional está com o investimento e reserva pessoal toda dolarizada e lá fora, não é muito lógico, não é ?

Bye Bye Brazil !, Hello again Wall Street…

*Isso não é recomendação, é informação e reflexão.

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