Vamos comecar pelo final do título, as finanças digitais, pois é a partir da ideia e do advento da bancarização digital, que se iniciou a verdadeira revolução social global, cuja grande protagonista é agora a criptomoeda.
Ao contrário do senso comum, a ideia de home banking não é tão recente, o serviço bancário por computador, foi utilizado pela primeira vez, nos Estados Unidos, em 9 de outubro de 1980. Porém foi a evolução e popularização da tecnologia da Internet que viabilizou o internet banking, acessível pelos sites de bancos e via computadores a partir de 1995. Com os smartphones, essa evolução teve um novo passo com o surgimento do mobile banking por volta de 2011, ainda um tanto excludente, pois não havia tanto acesso aos smartphones, menos ainda à contas nos bancos tradicionais. Isso começa a mudar de fato com o maior acesso ao smartphone e com o surgimento das FINTECHS empresas focadas no oferecimento de serviços financeiros mediados por tecnologia, apesar de existirem há mais de duas décadas, ganharam força a partir da crise global de 2008.
As fintechs não são os “bancões”, e existem em vários tipos, como as de pagamentos, de gestão financeira, de empréstimo e negociação de dívidas, de investimentos, de seguros, de crowdfunding e finalmente as de blockchain & e criptoativos. É na verdade com a CONTA DIGITAL, serviços em tudo semelhantes aos tradicionais bancários, mas com muitíssima menor burocracia, exigências e “seleção” e maior agilidade e facilidade de abertura e operação, que a grande inclusão tem início.
No Brasil isso começa por volta de 2016, mas só cresce mesmo a partir de 2018, quando a legislação permitiu às fintechs ampliar a gama de serviços oferecidos. Muitos bancos tradicionais também criaram suas versões fintech, ou mesmo mudaram completamente para o padrão. Um exemplo muito bem sucedido de fintech no Brasil é o BANCO INTER, cuja história começa em 1994 em formato de financeira, depois banco Intermedium, criou a conta digital em 2014 e mudou para INTER em 2017, se tornou o primeiro banco 100% digital do país.
As fintechs permitiram a “bancarização” simples e descomplicada à milhões e milhões de antes excluídos, e também o acesso ao mundo dos investimentos, de forma integrada às contas digitais, como renda fixa, renda variável por meio de fundos de investimento em ações e ETFs e até mesmo a negociação de criptmoedas mais recentemente. Hoje, qualquer um querendo e a partir de pouco dinheiro e conhecimento de mercado pode se tornar um investidor, caiu por terra a velha imagem de investimento como “coisa de rico” ou de “lobos de Wall Street”.
Por falar em criptmoedas, que também é coisa “recente”, a primeira delas, o Bitcoin, tem apenas 13 anos e hoje tem investidores de todas as camadas sociais, aliás não apenas ele, mas as milhares de outras criptmoedas/tokens disponíveis no mercado também. A coisa está tão popularizada que como já publicamos aqui, tem até campanha com vendedor de Bitcoin na praia… .
Enquanto o Brasil atingiu recentemente a marca de 4 milhões de CPFs de pessoas físicas cadastradas na B3, a bolsa de valores brasileira, pesquisas indicam que mais de 10 milhões de brasileiros já possuem criptmoedas, essas últimas aliás são a prefência de investimento dos mais jovens e mais pobres, pois é muito mais acessível, descomplicado, barato e rentável. Não desconsiderando também o marketing digital, outra via de investimento e mobilidade social “fora da curva”, mas esse assunto fica para outro momento.
É nesse ponto que chegamos ao início do título, a REVOLUÇÃO SOCIAL e econômica, proporcionada em especial pelas criptos. Se a bancarização digital abriu as portas para alavancar negócios, acessos a bens e investimentos, os criptoativos mudam estruturas históricas de embarreiramento econômico de forma global e inédita.
Não é só a forma de guardar e movimentar dinheiro, é a possibilidade de qualquer um criá-lo, de o movimentar muito mais rápido e barato internacionalmente, de liberdade e contornar o sistema dos bancos centrais e políticas de controle e bloqueio econômico por governos poderosos, políticas centrais equivocadas e inflacionárias ou as restrições e burocracia dos “bancões”.
Enfim, a descentralização das finanças proporcionada pelos criptoativos gera possibilidades, inimagináveis até recentemente para minorias sociais de todos os recortes, soluções para nichos de negócio pouco apoiados oficialmente, mobilidade social de curtíssimo prazo e até mesmo ajudam a solucionar crises econômicas nacionais de vulto, como as de países embargados economicamente ou com necessidade de divisas vindas do estrangeiro para fazer girar a economia local.
A verdadeira revolução começou, ela é digital e principalmente CRIPTO.
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