A festejada junção entre uma conta de exchange, ou seja, saldo em criptmoedas, com a facilidade de rápida conversão em moeda fiduciaria para uso no sistema Visa de pagamentos perdeu um de seus atrativos, o uso do cartão de débito para compras internacionais sem o custo do IOF.
Essa característica aproximava muito o uso do cartão à uma “conta global” praticamente direto do saldo cripto, “contornando” o “odiado imposto” comum aos cartões tanto de débito quanto crédito brasileiros em uso internacional. A “vantagem” porém era temporária, já que na verdade o cartão de débito pré-pago é nacional, portanto sujeito à legislação brasileira… .
A empresa enviou e-mail aos clientes com o seguinte teor:
“Caro Cliente,
De acordo com a legislação brasileira, as transações internacionais on-line com cartão de débito estão sujeitas à incidência de imposto sobre operações financeiras (“IOF”) à alíquota de 6,38%. Desde o lançamento do Cartão Visa Crypto.com no Brasil, estamos absorvendo os custos decorrentes desse imposto em nome de novos titulares do cartão, como um benefício de boas-vindas.
No entanto, a partir de 3 de fevereiro de 2022, o valor correspondente ao IOF será cobrado dos clientes para todas as transações internacionais com o cartão.”
A empresa como gigante internacional, bem que poderia ter vinculado seu cartão à uma “conta global” como já temos em algumas fintechs no Brasil, que se não contornam completamente o IOF pelo menos o tem reduzido a 1,1% na transferência do saldo em reais para o saldo em dólar para uso internacional, sem contar o spread de câmbio que cai pela metade do cobrado normalmente pelas operadoras de cartão no Brasil.
Para se ter ideia, a cada US$ 5 mil gastos com a conta global, o cliente pode economizar até R$ 2 mil em relação ao cartão de débito/crédito brasileiro em uso internacional. Não é pouco… .
Mas tudo bem… Não demora muito teremos uma grande adoção ou solução popular realmente DeFi, para usar nossas criptos globalmente sem tantas “dentadas fiscais” e taxas.
Palavra de Lord.
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