Começou !
O mais perigoso conflito na Europa desde o fim da II grande guerra mundial. A afirmação é válida mas não necessariamente indica que se concretizará uma evolução para a escala de uma guerra continental ou mundial, muito embora com certeza já esteja globalizado e vai respingar no mundo todo. Daí não ser possível um texto curtíssimo e direto, pois há uma certa complexidade para chegar à algumas perspectivas.
Nesse momento e para os fins da nossa análise é mais interessante olhar ao presente e futuro do que para toda a história que envolve Rússia e Ucrânia e seus conflitos, sem no entanto abandonar alguns detalhes importantes.
Passado
A Ucrânia faz parte da história russa e desde muito antes da antiga União Soviética, sempre com semelhança e diferenças étnicas. Daí que sob o período soviético essas diferenças e interesses distintos foram “sufocados” com a Rússia, metrópole da União Soviética, “mandando e desmandando” na região, inclusive investindo pesado industrial e militarmente e aproveitando dos seus recursos naturais e posição geográfica privilegiada.
Depois do fim da União Soviética, a “independência” ganhou força, mas muitas partes ainda hoje preferiam ser “russas” e não ucranianas, por outro lado, as partes ucranianas preferem ser “mais ocidentais”, incluindo participar da OTAN, aliança militar criada justamente para se opor ao poderio russo/chinês, o que para a Rússia e seus interesses geopolíticos é mais que desinteressante, é “inaceitável”, estão aí basicamente os motivos do conflito.
Presente
Olhando para o presente, os dados dizem que a Ucrânia não é militarmente páreo para a Rússia, a inferioridade é descomunal, logo, sem o envolvimento direto de outros países e suas forças, esse conflito seria curtíssimo… (vide a “guerra da Criméia” em 2014, 40 dias…). O grande problema é o envolvimento dos outros países, primeiro com sanções econômicas à Rússia e depois com apoio militar direto, o que gerará retaliações pesadas russas e de seus aliados como a China.
O que se espera portanto mais que ação militar é uma guerra diplomática e econômica. Detalhe, a Rússia também está preparadíssima para isso e pode “aguentar o tranco” das sanções, e pior, pode “lascar” a Europa toda (e por tabela o resto do mundo) que depende de muitas coisas da Rússia e seus “domínios” como o petróleo/gás e commodities agrícolas. isso sem falar da China, que é naturalmente Pró-Rússia…
Com tudo isso, todo o mercado econômico/ financeiro já foi atingido. Preço do petróleo subindo, Dólar subindo, bolsas despencando e junto o mercado cripto… .
Futuro
Essa reação presente e prevista, no entanto, não deve se estender largamente. Não é do interesse de ninguém uma guerra sangrenta. Tropas e recursos ocidentais serão movimentados, para marcar posição e de forma defensiva, mas não devem entrar efetivamente em conflito e se entrarem devem ser escaramuças eventuais ou acidentais.
Restará a guerra econômica financeira, essa sim deve trazer alguma preocupação. Do ponto de vista econômico, nesses momentos se valorizam os recursos naturais e commodities (que podem se tornar escassas em determinados contextos). A produção industrial pode tanto se conter, pela modificação das logísticas e consumo, como “explodir” contextualmente pelo mesmo motivo, a conhecida “economia de guerra”.
O mercado financeiro tende a ficar menos agressivo, reserva passa a ser a prioridade ao invés de especulação, mas a inovação se torna mais necessária nessas conjunturas.
Mercado Cripto
Em um primeiro momento tende a ter baixa significativa. O Bitcoin deve recuar para os US$ 30 K ou até pouco menos. Agora junte a tendência de reserva nas crises com o mercado “baratinho”… Conforme a filosofia “Crise é igual oportunidade”, portanto, HORA DE COMPRAR. Até porque esse conflito não deve escalar muito nem durar tanto tempo, e na volta ao “normal” a euforia volta e tudo sobe…
Um detalhe importante, lembrem que dissemos que a Rússia se preparou para “aguentar o tranco” das sanções internacionais, incluindo as financeiras… . Putin semana retrasada venceu “a guerra” com o BC russo e conseguiu a regulamentação das criptomoedas. Não é “coincidência”, já que alternativas para contornar os prováveis bloqueios internacionais já vinham sendo implantadas desde de 2016, para mitigar as sanções ainda pela crise da Criméia. Vários países já se tocaram que criptomoedas são estratégicas, revolucionárias e eficientes contra bloqueios econômicos tradicionais.
Alguém tem dúvidas que já não estava na estratégia russa, aproveitar a crise para se colocar de forma protagonista na economia digital ? Afinal, não precisa ser gênio para saber que “baleias” podem derrubar o mercado para depois recomprar baratinho e saírem ainda mais forte da “crise” que elas mesmo causaram… .
Novamente, crise é igual oportunidade, pode até demorar um pouquinho, mas quem souber aproveitar a oportunidade vai se dar bem…
Palavra de Lord !?️
E você? O que acha? Deixe aquela curtida e comente aí para baixo…