Penso que apesar da grande sabedoria financeira, não dá para ignorar que o discurso de figurões das finanças e de muitos educadores financeiros é típico dos capitalistas neoliberais.
A “culpa” da desigualdade é jogada exclusivamente sobre os governantes, nunca sobre quem lucra em cima disso, por exemplo sonegando, ou ganhando na retirada de direitos dos trabalhadores ou benesses sociais.
A economia está sempre “ameaçada” e na iminência de ruir por “políticas não ortodoxas e anti econômicas”, que farão os capitais fugirem do país, a indústria e comércio afundarem, os papéis de crédito perderem o valor, o empreendedorismo e o emprego desaparecer e a inflação subir.
A voz do “mercado” de hoje é igual a de 140 ou 150 anos atrás, que entendia qualquer avanço social geral como uma ameaça e negativo para a economia. A campanha pela abolição da escravidão gerava exatamente o mesmo tipo de comentários e alarmismo que vemos hoje ante qualquer opção pelo social ao invés de pelo econômico duro e o lucro incontrolável do empresariado.
Palavra de Lord.
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