
Avanço geopolítico e econômico, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia passam a fazer parte do grupo do BRICS como membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024, portanto teremos um BRICS+.
Reconfiguração
Em uma análise primária, pode parecer que o Brasil perde força e voz no grupo, favorecendo a influência chinesa. Afastando a lupa porém, pode se perceber que por outro lado o grupo ganha uma musculatura geopolítica e econômica, que ao fim e ao cabo, aumenta a relevância do Brasil em uma reconfiguração da ordem mundial, inclusive nas antigas pretensões brasileiras junto a ONU.
Com a entrada dos novos membros, a representatividade populacional do grupo passou de 41% para 46% do planeta. Os BRICS já contavam com Índia e China, os mais populosos do mundo.
Em termos de PIB (Produto Interno Bruto) o bloco expandido pode chegar a US$ 32,9 trilhões no próximo ano segundo projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) o equivalente a 29,7% do PIB global.

Antihegemônicos
Alguns irão lembrar que o grupo admitiu países “não democráticos” e problemáticos com relação aos Direitos Humanos. Não estão errados. Porém ao menos dois desses novos membros, até então estavam totalmente sob apoio dos EUA e da hegemonia ocidental…, não eram “problemas”, se tornaram agora? .
O Irã, há tempos deixou a influência norte-americana e é um país de altas capacidades tecnológicas, player de peso na geopolítica gostem ou não. Além disso é parceiro de parceiro em contexto sul-americano. Os países árabes aderentes nem precisa se dizer a importância, e os africanos consolidam o paradigma de “sul global”.
América do sul
A adesão da nossa vizinha e principal parceira econômica no próprio continente, a Argentina, garante uma grande perda às possibilidades de interferência estadunidense no MERCOSUL. Por consequência no encaminhamento de uma maior independência sul-americana.
Avanço geopolítico e econômico
Enfim, o novo BRICS, ou BRICS+, é um importante passo na nova conjuntura mundial, um bloco potente consolidando um mundo multilateral, um avanço geopolítico e econômico para todos os membros.
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