“Se o poder nega a nossa liberdade, o caminho para a liberdade é o poder” (Nelson Mandela)
Esse adágio de Mandela faz parte da percepção base de todo processo revolucionário e insurgente. Traduzindo, o problema não é, ao contrário do que pensavam os anarquistas, a mera existência de governo, mas sim, de governos e sistemas não libertários e excludentes. Portanto, a ideia central de revolução consiste, não em destruir o poder, mas de “tomá-lo” para uma perspectiva mais justa e igualitária. E isso não precisa ser por violência ou ilegalidade, mas por conscientização e ações consistentes que mudem a estruturalidade do poder.
O poder do imperialismo e do capitalismo sempre esteve calcado nas capacidades monetárias de governos e financeiras dos sistemas excludentes. Esses são os “calcanhares de Aquiles” por onde é possível abalar e neutralizar os “podres poderes” .
Uma verdadeira revolução vem ocorrendo, desde que Satoshi Nakamoto, codinome do misterioso e incerto inventor do esquema Blockchain/Bitcoin lançou seu manifesto no último dia de outubro de 2008. Bitcoin foi a primeira criptomoeda efetiva, mas não é mais e a bastante tempo a única.
Outro ponto a considerar é a Inteligência Artificial, que vai causar uma enorme mudança na questão do trabalho e vai exigir providências por exemplo para uma renda básica universal. E isso passa por cripto.
Portanto, se você acha que DeFi as finanças descentralizadas (não criadas ou mantidas por bancos centrais e alternativas ao sistema financeiro tradicional) cuja base está nas “blockchains” e criptomoedas, é apenas uma digitalização do sistema financeiro tradicional, está redondamente enganado.
Muito embora o sistema financeiro tradicional e até os governos já tenham percebido a inevitabilidade do DeFi e criptomoedas, e com isso também experimentado uma aproximação e até reconhecimento e regulamentações, isso não muda os objetivo revolucionários de oferecer uma opção mais democrática e popular de acesso à renda e capital e o consequente bem-estar social.
Veja também: Smart DeFi, a revolução chegou !
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